quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fazia tempo que eu não sentia esse nó.
É sempre assim, a conversa começa boa, um café, um cigarro, tudo em paz.
Depois uma cerveja, mais conversa. Uma palavra. Basta uma.
Silêncio. Rispidez. Grosseria.
Pausa.
Cigarro.
Arrependimento.
A conversa retoma num tom acima.
Cada um quer ter sua razão. Frases são lançadas como farpas. A palavra dita parece ter inúmeros sentidos.
E todo aquele turbilhão de pensamentos vomitados da boca não fazem o menor sentido para ambas as partes. Chego a duvidar se ainda estamos falando no mesmo idioma.
Eu deixo você falar, os calos da vida já me ensinaram que o silêncio basta. 
Mas você não se basta dele. E aí pede o pior de mim.
O melhor que tenho a fazer é dar as costas...

Desde o começo, tanta coisa pra dizer. E no fim o que realmente importava ser dito foi esmagado por palavras inúteis ampliadas e distorcidas.
Mas como sempre, tudo tem seu propósito.
Vai ver era pra ter sido assim, eu não digo, você não se preocupa. 
Melhor guardar pra mim, e assim como era no plano inicial, quando tudo se confirmar eu sumo.
Desapareço da sua vida assim como eu entrei.
Vai me doer. Talvez doa pra sempre.
Mas no fim é sempre a mesma coisa: Cada um por si, e deus (que deus?) por todos. 
E a Marcelli por alguém...

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